Carta de Despedida
Querida Amanda,
Sinto muito por tudo, sinto me triste em vê nossa amizade se esvaindo do jeito que se esvai, sinto me triste por ter acontecido do jeito que aconteceu, por tê-la magoado do jeito que magoei, mesmo que não proposital. Sinto me decepcionado ao mesmo tempo, eu esperava mais compreensão, mais colo, mais ombro amigo.
Porque me vinheste com pedras nas mãos?
Porque me vinheste com teu julgo pesado?
Porque me veio despedaçar mais ainda?
Queria te implorar pelo teu perdão, queria gritar-te “Me perdoa, me abraça, me consolar. Não tem sido facil!!!” mas ao invés disso eu preferi me abrir pra você, preferi dá te uma explicação. E como tudo tem um preço, você me pagou com pena.
Quis me entender, mas já era tarde de mais.
Quis me ajudar depois de já ter me jogado ao chão.
Quis me consolar depois de já ter me humilhado.
Seria eu um pessimo amigo? Talvez. Mas você não era muito melhor do que eu. Leu meu diário sem minha autorização, leu minha vida sem pedir licença. Pegou tudo que lhe convinha e jogou em minha face, pegou tudo que não a agradou para me ferir. Leu toda minha vida, e não se importou com os destroços que viu pelo caminho.
E ainda sim, sinto tua falta.
E ainda sim, eu sinto muito.
E ainda sim, eu sofro.
Mas que tolo eu, não? Mas é que tu é minha amiga, parte de ti tenho em mim. Te amo tanto, e por isso sinto a dor da tua partida, queria poder ignorar, mas é algo que me incomoda aqui dentro, é algo que lateja, é algo que frivia, que me tira a paz. Queria gritar-te e pedir para que ficasse, mas amizade e amor não se implora, não se pede para que alguém fique, não se mendiga algo tão grandioso, tão nobre e tão singelo. E é por isso que dói, porque força nenhuma no mundo seria capaz de nos obrigar a ser o que eramos.
Você sempre terá um espaço no meu coração.
Com amor, Theodore.